Comunicação

Comunicar é transmitir informações, utilizando sistemas Simbólicos (letras, imagens, gestos, sons,…) como suporte. Para Comunicar é necessária a existência de um emissor, um receptor, uma mensagem, um canal, um meio de comunicação, uma resposta e um ambiente onde a comunicação se realize.

Assim, a comunicação Intercultural é o processo pelo qual Indivíduos de diferentes culturas trocam Informações.

Mesmo entre pessoas da mesma cultura, como há variações de atitudes, valores e mesmo de personalidade, a mensagem pode ser interpretada pelo receptor de maneira diferente da intenção do emissor. Então, a Comunicação intercultural torna-se um processo mesmo muito difícil. Para que esta comunicação tenha sucesso foram estabelecidos alguns princípios: quando há diálogo tem de haver uma abertura a mudanças; é necessário sujeitar tudo à crítica; deve-se aceitar o conflito e a possibilidade de ferir sentimentos; qualquer situação pode ser reaberta e reavaliada.
Para o sucesso comunicativo é crucial não fazer generalizações e compreender a cultura e os indivíduos com quem se pretende comunicar, a sua forma de agir, pensar, ver, comportar e mesmo a forma como reagem a certas situações, para que seja possível notar que a outra pessoa pode estar a interpretar mal a mensagem.
Com acrescente globalização, que implica o contacto com outras culturas, é cada vez mais fundamental reflectir sobre a comunicação a fim de conseguir aumentar progressivamente a taxa de informação transmitida com sucesso.
Os Portugueses, como povo colonizador, difundiram a sua língua por diversos países. Apesar de com algumas modificações a Língua permanece. Em Angola, 60% das pessoas falam Português.[1]
O regime colonial permitiu que a população angolana assimilasse um pouco dos hábitos e valores portugueses o que contribui para aumentar a probabilidade de sucesso da comunicação.

O Português de Angola tem variantes devido aos dialectos do país que se fundem com o português criando uma espécie de “angolanismos”.

Chega a ser engraçado verificar que a linguagem que em Portugal se conota com gíria e linguagem juvenil, é em Angola podem ser palavras provenientes de um dialecto. Exemplo disto são as palavras: "cota" e "bazar", que provêm de vocábulos dikota (mais velho), e kubaza (fugir), respectivamente.

Chuinga (chiclete), geleira (frigorífico), jinguba (amendoim) e mata-bicho (pequeno almoço) são exemplos de palavras com as quais aprendi a viver. Tendo a minha avó e mãe nascido em Angola e retornado para Portugal com o deflagrar da guerra colonial, trouxeram um pouco da cultura e língua angolanas. Assim, sendo, essas palavras ficaram enraizadas no seu vocabulário e um pouco no meu. Há até uma história engraçada em que, ao lhes ser pedido um testo, procurarem um texto.[2]

O facto de Angola ter sido uma colónia portuguesa tantos anos e até á pouco tempo reforça os laços entre os países e os laços lingüístico-Culturais, aproximando as populações de cada um deles.


Decorrente da Língua Portuguesa ser oficial em Angola e nos restantes PALOP’s há uma

A aproximação com os povos africanos e um enriquecimento cultural mutuo de Portugal e Angola.

A assimilação de vocábulos de dialectos angolanos contribui para esta aproximação Cultural.

Esta, por sua vez, permite formar uma base comunicativa relativamente estável que pode permitir a realização de trocas de informação com sucesso.

É ainda de mencionar que estes laços dos Países Ibéricos com as suas ex-colónias e a consequente facilidade (relativa) de comunicação é um caminho a explorar nas relações internacionais entre América/África/Ásia e países Europeus.


[1] http://pt.wikipedia.org/wiki/Portugu%C3%AAs_angolano


[2] Retirado de Conversa do discente com retornados de Angola.

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