[Poema] Kryptonita
Aquele brilho verde que me cega,
Aquele frio que me aprisiona,
A sua dona que me nega
E que me condiciona.
Kryptonita letal
Longe, mas tão perto
Afiada como metal
Um tiro certo.
Desejo a tua distância
Mas queria poder te ver.
Sobrestimei a tua importância
E por isso vou sofrer.
Trespassas-me a alma
Sem dó nem piedade
És o meu ponto fraco.
Tatuas a minha palma
Com um grito de inferioridade.
Fico um caco.
Confiei que podia confiar
Na tua luz esverdeada
Agora mal consigo respirar
De tão desnorteada.
Espetas-te nas minhas costas
És a causa da minha ferida aberta.
Já não sei do que gostas
A confiança já não se concerta.
Estava errada em relação a tudo,
Posso ver isso com clareza
Não devia ter baixado o escudo
Nem ter agido com certeza.
Estou ensanguentada no chão
Com pequenos furos no coração.
Vou sobreviver.
Tens o meu perdão,
Tens a minha mão,
Enquanto eu viver,
Mas a minha confiança talvez não.
Kryptonita espetada no meu coração,
Distante
Indiferente
Cessante
Inconsequente
Fria
Independente
Rufia
Intransigente
Vingativa
Incoerente
Imperativa
Irreverente
** Está imagem não me pertence.Obrigada ao criador**
Comentários