O Primeiro

Dedos atados na mente esquecida. Palavras suturadas em mais um dia. Sonhos despertos da mais profunda alegria, medos inquietos da dor do podia.
Aquecem os sentimentos de um sentinela, adormece a racionalidade descrente de uma fé furada. Ganha o quê? Ou será que sempre se perde? Não existem mais respostas nas encruzilhadas, mas agora existem caminhos traçados a pincel, que secos se tornam pontes partidas e matam como uma venenosa cascavel. Razão que nunca vences mesmo quando tens razão, esquecer-me que existes é ter fé e dançar ao som de violão? Será que a resposta pode ser lida na minha mão?
Continuando pé ante pé numa estrada que não me lembro qual é. O destino já pouco me importa, é no caminho que encontro o carinho…
Nos suaves suspiros que me mantêm acordada e viva, nos olhares que não sei ler mas me cedam do cruel e me fazem parar e olhar e querer.  No aqui e no agora que eu quero e na certeza que isso é por si o caminho. Estar sentado debaixo do chorão, apenas ouvindo o silêncio ou trocando gestos que não sabia que podia dar...

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