A Surpresa do Labirinto

Podes não saber como o mecanismo do Universo funciona,
Estar descontente com o desinteresse humano,
Estar afogada no cotidiano que te condiciona,
Quiçá desejas até fugir para mais longe que Urano.

Mas subitamente tudo se torna tão real e Vívido,
Com a chegada mais inesperada ao labirinto,
Tudo se eneltece na pureza de algo lívido,e
A febre doentia é trocada por algo distinto.

O Sol raia todas as meias noites sagradas.
Quando o Duque se nos apresenta,
As horas mais escuras depressa passadas,
Assim se finda para sempre a tormenta.

O Castiçal fica magicamente iluminado,
Através de um sorriso outrora apagado.
As lágrimas recebem outra tonalidade,
Têm também aroma a felicidade.

Nos toques perdidos na memória,
O Louco desejo de Titãs gigantescos.
Os teus lábios na sua desprotegida glória,
Só com beijos cessam os gritos grutescos.

No abraço que damos na distância,
Fico mais perto do olhar avermelhado.
Saibas que na mais corrompida exuberância,
Não duvido nem nego que habito ao teu lado.


Estás Rodeado de galhos e folhas desconexas,
Entre os mil caminhos feitos para não ter fim.
Mesmo entre as sombras mais convexas,
Encontro-te mesmo no meio de um motim.

Na Bravura que fizemos e partilhamos,
Na sua quentura fresca e calmante,
Sabemos sempre onde estamos,
Achamos sempre o nosso amante.

Esta é a história de dois mundos,
Um Frio e desensabido;
Outro Quente mas adormecido,
Porque faltava algo nos fundos.

O Algo estava no Puzzle labiríntico,
Escondido onde não procurei.
Todavia entre os capitéis coríntios,
Estava o fim que sempre sonhei.





Comentários

Adorei o poema. Muito bonito. ^^

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