Entrelaços de re

São os cânticos da saudade que me elevam através do horizonte. São uma prisão alegre no clímax da liberdade.
Aprendo a voar mesmo antes do despontar solar, torno-me maga das minhas asas invisíveis para que com meu abraço te possa presentear.
Sei de ti feições que nunca vi senão com a mente elástica. Assim cessam as privações.
Embalo-te nos meus sonhos despertos, em furtos do teu cheiro por buracos negros entreabertos. És o senhor do meu poder, a chegada da minha partida a minha noite sem ti bravia.
Busco o teu som bem dentro de mim e assim te ouço como se estivesses aqui.
És o meu além, a minha busca do éter, a comunhão de mim com minha metade perdida. Os pedaços brihantes e colados de minh'alma dividida
O teu abraço herege que me solta e me torna leve, que me acende a alma e me inebria sem igual. Serás o meu ritual, a bússola que só se encontra na chegada que me leva a uma vida que não estava programada.
Salgas a minha pele num mesclar de lágrimas diferenciadas e do suor. Deus, como eu quero saber-te de cor.
Segredas-me palavras banais que em teu gesto desigual se elevam a um estatuto residual. Resíduos cristalinos da nossa metamorfose conjunta.Vejo as borboletas nos teus olhos lindos. Somos mutações de dois que se moldam na união de um sentimento despótico, as nossas orgânicas discussões revivem o nosso amor caótico.
Nos nossos furacões de desejos os padrões unitários de nós, escolhemos novos ensejos ficamos com medo dos prós. Os contras são engraçados, grandes problemas alados que já nada fazem aqui. Sou e serei para ti.

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