Prece ao Tejo
Parece ter sido à séculos mui distantes que me consolou o meu Tejo, retendo lágrimas, que só ele podia ver.
Foi em ti e em teu redor que comecei tudo em mim. Nasci, Andei e Falei… Contigo também aprendi a amar a água, enquanto me permitias navegar pela tua essência.
Desde que me conheço que essas jornadas de cá para lá e de lá para cá se tornaram emotivas, cheias de sentimentos quase impossíveis de ocultar e de lembranças ora tão ternas, ora tão doloridas.
Nessas viagens aquela Fábrica facilmente identificável, sempre me anunciou que te ia ver, depois de tanto tempo sem ti, tornando-se assim o meu bom agoiro!
E aquela ponte sobre ti? Tanto me embala e me recorda de tempos que não tenho como relembrar. Associo-a ainda Aquela Divindade que não significa mais do que as tuas Tágides para mim.
Assim te roguei, chorosa, debilitada, zonza, para que pudesses fazer-me mais eu quando estava aí, tão perto de ti e confiante e não um farrapo humano que era quando te deixei pela última vez que te vi até esta data.
Reforçando a prece. Cuida-me, Cuida-te, Cuida-o!
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