[Poema] Estradas vazias (Com Sabrina)

Há um caminho no meio do nada,
Uma fonte de profunda escuridão o cerca.
Já procuraram levar-me por ele,
No entanto eu ainda consigo desviar-me.

Pegadas desconhecidas na estrada;
Rostos que revelam muita perda;
Raiva da saudade do que era dele;
É o eco de pensar ainda ao deitar-me.

Neste mundo inebriado do teu cheiro,
Até o nada parece-me atraente.
Se eu sentir que as pegadas são penosas,
Voltarei por onde for ou correrei ao teu encontro.

A vida por vezes parece um torneiro,
Queria ser um cavaleiro potente...
Para com minhas investidas airosas;
Colocar nosso coração ao centro.

Mas sou apenas palavras perdidas,
Pouco a pouco formo apenas versos.
Igualmente assim também na vida,
Vou chorando por tudo que me resta.

Entre as minhas preces inauditas,
Nos mil outros desesperos...
Na mais bonita memória havida
Guardo um recanto que presta

Pode ser que eu seja louca,
Trazendo comigo estas "peças",
Mas antes levar comigo que quero,
Do que perder como antes.

Nesta vida que me preenche mesmo pouca,
Farei tudo para que não me esqueças.
Pegarei nesse pedaço de espelho,
Com ele desenharei a cor de sangue elefantes

E então poderei seguir por teu caminho,
Mesmo que ele seja escuro e que eu desapareça,
Para que assim só mais um pouco,

Eu de mim novamente me esqueça.

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