Conto às Avessas - Desafio PDL
Era uma vez...
- Páreeeeeee! Mas você é burro? Como você começa uma história desse jeito mixuruca igual a todo o mundo?
- Ora, eu escrevo como eu quiser e é melhor ficares quietinha!
Era uma vez num reino distante, numa zona remota...
- Remota? Essa não, vai-me dizer que nem uma biblioteca esse inferno vai ter? Você é um lixo como escritor, só digo isso porque sou sua amiga, viu?
...uma terra remota, circundada por uma floresta enorme, mas muito bonita. A pequena aldeia tinha pouco mais de 50 habitantes, mas por alguma razão tinha uma biblioteca barroca com 5 andares repleta de livros até ao telhado.
- Talvez você não seja assim tão ruim.
- Bela?
- Sim?
- CALA-TE!
Por ter tão difícil acesso a aldeiazinha raramente tinha visitantes e também ninguém se aventurava muito para fora dos seus limites. Apesar de bonita na periferia a floresta ia ficando escura e perigosa à medida que se adentravam nela. Havia também vários sons estranhos e assustadores.
- Ué, como assim ninguém saia desse lugar? Nossa, que coisa mais desinteressante. Tem certeza que consegues escrever algo num lugar assim? Você se acha mesmo, hein?
- Eu tentei Bela, mas como não te consegui calar de maneira nenhuma, vou ter de te matar na história. Sabes como é, a vingança serve-se fria!
- Você não pode fazer isso, EU SOU A PERSONAGEM PRINCIPAL!
- Veremos!
- Não faz isso comigo, por favor? Eu ficarei quietinha de agora em diante.
Aos 18 anos Bela já havia lido e relido todos os livros da biblioteca poeirenta. Cidade remota onde nem o carteiro vai não tem livros novos, e sem internet não tem PDL, então sim, ela leu e releu os livros várias vezes, até ao dia em que se fartou e decidiu que ia sair daquela cidade, havia dezenas de bibliotecas lá fora à espera dela. Pobrezinha, ela pensava que o Mundo tinha 2 metros quadradros e só 30 bibliotecas.
- Você vai fazer um urso me comer nessa floresta?, mas nem 15 linhas você escreveu e já está numa de matar a personagem principal, oh espera, a única personagem, né? Mas que rica história você está criando.
Bela era uma rapariga bonita, inteligente e desembaraçada, mas ainda assim, sair do mundo que ela conhecia e enfiar-se num lugar escuro daqueles era assustador, então ela acabou por desmaiar.
A maior surpresa ela teve quando acordou e se viu num lindo dossel com lençóis de seda e não ficava por aí, todo aquele cómodo estava apetrechado do bom e do melhor, mas o que Bela realmente tinha reparado era na estantezinha com livros que lhe eram completamente desconhecidos, ficou estarrecida.
- Já disse que te amo?
- Nem digas, tu amas é o monstro.
- Monstro? Que monstro?
Tão entretida que estava que nem reparou que a porta se abrira e alguém entrara e se sentara ao seu lado. Até que uma voz lhe perguntou :
- Tem fome? - Bela assustou-se, desequilibrou-se, bateu na estante e todos os livros caíram ao chão, só não lhe caíram em cima porque aquela criatura feia, mas aparentemente amável a puxou para o seu colo.
- Me perdoe, não o vi entrar, meu nome é Bela e o seu?
- Meu nome é Fera, bem atirada você hein? - Disse quando bela lhe passava a mão pelas orelhas peludas.
- Que nada, eu só estou apaixonada por você.
- Por mim? Você já me olhou direito?
- Ué, claro, mas se chegar mais perto eu posso decidir se você se parece mais com um cachorro ou com um ursinho de pelúcia.
- Vamos jantar? Depois vou chamar um médico, parece que você bateu a cabeça.
- NOSSA! Esse cara é tudo de bom e ainda por cima deve ser rico e ter uma montanha de livros. Vou casar com ele, né?
- Ias, agora já não.
- Oi Moça? Você já pode tirar a mão de minha orelha?
- Se você aceitar se casar comigo eu tiro a mão da orelha e coloco noutro lugar!
- Não vai dar não, me perdoe.
- Porque não? Eu sei que só nos conhecemos à cinco minutos, mas eu sei que somos almas gêmeas, viu? Você não sente o universo a nos juntar?
- Moça, nem é isso não, é que eu sou gay e estou apaixonado por seu cavalo.
- COMO É???????
Nisto aparece uma bruxa que se dirige ao monstro e diz:
- A tua maldição foi levantada, finalmente aprendeste o que é amar incondicionalmente. Serás humano novamente.
- Não pode!!!! Não é que o cara ainda fica mais gato sem pêlo? Hey fera, me dá uma chance agora?
- Nem pensar sua vadia, eu estou indo fazer o meu Bofe cavalão relinchar. Vai se ferrar!
O Fim!
- Mas o cara fica todo sarado e bonitão e mal educado quando a maldição acaba?
- Não se pode ter tudo Bela.
- Eu fiquei sem nada nessa sua estória você me odeia.
- Ficaste com a casa e com a biblioteca, o Fera mudou-se para o estábulo.
- Obaaaa! Você escreve bem demais! Um Prodígio! Com você guerra dos tronos ia ter todas as personagens ainda. Casa comigo?
- Não Bela, tu és muito irritante.
- Páreeeeeee! Mas você é burro? Como você começa uma história desse jeito mixuruca igual a todo o mundo?
- Ora, eu escrevo como eu quiser e é melhor ficares quietinha!
Era uma vez num reino distante, numa zona remota...
- Remota? Essa não, vai-me dizer que nem uma biblioteca esse inferno vai ter? Você é um lixo como escritor, só digo isso porque sou sua amiga, viu?
...uma terra remota, circundada por uma floresta enorme, mas muito bonita. A pequena aldeia tinha pouco mais de 50 habitantes, mas por alguma razão tinha uma biblioteca barroca com 5 andares repleta de livros até ao telhado.
- Talvez você não seja assim tão ruim.
- Bela?
- Sim?
- CALA-TE!
Por ter tão difícil acesso a aldeiazinha raramente tinha visitantes e também ninguém se aventurava muito para fora dos seus limites. Apesar de bonita na periferia a floresta ia ficando escura e perigosa à medida que se adentravam nela. Havia também vários sons estranhos e assustadores.
- Ué, como assim ninguém saia desse lugar? Nossa, que coisa mais desinteressante. Tem certeza que consegues escrever algo num lugar assim? Você se acha mesmo, hein?
- Eu tentei Bela, mas como não te consegui calar de maneira nenhuma, vou ter de te matar na história. Sabes como é, a vingança serve-se fria!
- Você não pode fazer isso, EU SOU A PERSONAGEM PRINCIPAL!
- Veremos!
- Não faz isso comigo, por favor? Eu ficarei quietinha de agora em diante.
Aos 18 anos Bela já havia lido e relido todos os livros da biblioteca poeirenta. Cidade remota onde nem o carteiro vai não tem livros novos, e sem internet não tem PDL, então sim, ela leu e releu os livros várias vezes, até ao dia em que se fartou e decidiu que ia sair daquela cidade, havia dezenas de bibliotecas lá fora à espera dela. Pobrezinha, ela pensava que o Mundo tinha 2 metros quadradros e só 30 bibliotecas.
- Você vai fazer um urso me comer nessa floresta?, mas nem 15 linhas você escreveu e já está numa de matar a personagem principal, oh espera, a única personagem, né? Mas que rica história você está criando.
Bela era uma rapariga bonita, inteligente e desembaraçada, mas ainda assim, sair do mundo que ela conhecia e enfiar-se num lugar escuro daqueles era assustador, então ela acabou por desmaiar.
A maior surpresa ela teve quando acordou e se viu num lindo dossel com lençóis de seda e não ficava por aí, todo aquele cómodo estava apetrechado do bom e do melhor, mas o que Bela realmente tinha reparado era na estantezinha com livros que lhe eram completamente desconhecidos, ficou estarrecida.
- Já disse que te amo?
- Nem digas, tu amas é o monstro.
- Monstro? Que monstro?
Tão entretida que estava que nem reparou que a porta se abrira e alguém entrara e se sentara ao seu lado. Até que uma voz lhe perguntou :
- Tem fome? - Bela assustou-se, desequilibrou-se, bateu na estante e todos os livros caíram ao chão, só não lhe caíram em cima porque aquela criatura feia, mas aparentemente amável a puxou para o seu colo.
- Me perdoe, não o vi entrar, meu nome é Bela e o seu?
- Meu nome é Fera, bem atirada você hein? - Disse quando bela lhe passava a mão pelas orelhas peludas.
- Que nada, eu só estou apaixonada por você.
- Por mim? Você já me olhou direito?
- Ué, claro, mas se chegar mais perto eu posso decidir se você se parece mais com um cachorro ou com um ursinho de pelúcia.
- Vamos jantar? Depois vou chamar um médico, parece que você bateu a cabeça.
- NOSSA! Esse cara é tudo de bom e ainda por cima deve ser rico e ter uma montanha de livros. Vou casar com ele, né?
- Ias, agora já não.
- Oi Moça? Você já pode tirar a mão de minha orelha?
- Se você aceitar se casar comigo eu tiro a mão da orelha e coloco noutro lugar!
- Não vai dar não, me perdoe.
- Porque não? Eu sei que só nos conhecemos à cinco minutos, mas eu sei que somos almas gêmeas, viu? Você não sente o universo a nos juntar?
- Moça, nem é isso não, é que eu sou gay e estou apaixonado por seu cavalo.
- COMO É???????
Nisto aparece uma bruxa que se dirige ao monstro e diz:
- A tua maldição foi levantada, finalmente aprendeste o que é amar incondicionalmente. Serás humano novamente.
- Não pode!!!! Não é que o cara ainda fica mais gato sem pêlo? Hey fera, me dá uma chance agora?
- Nem pensar sua vadia, eu estou indo fazer o meu Bofe cavalão relinchar. Vai se ferrar!
O Fim!
- Mas o cara fica todo sarado e bonitão e mal educado quando a maldição acaba?
- Não se pode ter tudo Bela.
- Eu fiquei sem nada nessa sua estória você me odeia.
- Ficaste com a casa e com a biblioteca, o Fera mudou-se para o estábulo.
- Obaaaa! Você escreve bem demais! Um Prodígio! Com você guerra dos tronos ia ter todas as personagens ainda. Casa comigo?
- Não Bela, tu és muito irritante.
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