saudade

Nas branduras caricatas do tempo insolente, que leva o riso do colo abaloiçado, busca a pessoa o riso de memórias, o álbum das glórias e a absolvição sapiente. Passa voraz esse dolente leva e leva e leva, mas e o que traz? Dúvidas inconstantes e resquícios cantantes de algo que se perdeu e não volta, não volta, não volta.
Mata ou revive a esperança de algo que não vem, não vem, não vem? Fénix das histórias torna-te real. Acaba com a ausência de algo tão pessoal?
Arrancada a carne da carne e o sangue do sangue, vive em metade? Talvez, talvez e talvez seja a parte inteira que se sente partida porque partiu a parte que não fazia parte mas parecia fazer. Sangue do poder ancestral, alma cozida a laço intemporal. Chora ou ri a dor que é real? Canta ou Grita o amor daquele riso que queria lembrar, mas foge, foge, foge.
Tem dias bons, tem dias maus e os que quebram. Cola, cola cola, vai que cola? Sorri com o dela, coloca o teu quando der, mas o teu é dela? Lembra, o teu é dela, dela, dela.
Onde está? Onde? Onde? O libertar muscular e a gargalhada estridente que era o contrato silencioso? Quebra, quebra, quebra.
 Estado de espírito controlado, é tudo o que há para dar. O poço não fundo demais, o escuro onde se enxerga a melodia quase calada. Chega mas não quando estrangula, estrangula e estrangula.
Dá, finalmente chegou o momento em que a memória desagua em água doce, em momento audaz de esperança de passado e presente e futuro de riso, não feliz, não alegre, mas riso de saudade, saudade, saudade.
Pra sempre no meu sangue e na minha carne a saudade....

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